- Farol -
Arroz, feijão e batata
Arroz, feijão e batata
Arroz, feijão
Feijão, arroz e prato
- o prato do brasileiro está vazio -
Arroz e feijão é um desvario
batata está em falta
carne é um assalto
Seguro os pratos
Com duas varetas
equilibro dois pratos
vazios
- Farol Aberto -
Nariz vermelho
prato, parto
paisagem de aço
Eu um aprendiz de palhaço
Magma Literário
domingo, 26 de agosto de 2018
LUI ET MA PATRIE
Lui, ils est en France
Il est à mon coeur
dans son contexte
plus complèxe
Dans l'existance
de ma patrie brisée
ma patrie, ma pauvre
ma riche
MA
Lui, il est en France
moi je suis dans lui
complètement
Je suis
De, avec, que
de lui
Il est aussi avec moi
Ses yeux
abaissés sur notre
plat principal
Il est à mon coeur
mon dernière cigarette
ma première flamme
mon incendie
dans une bibliothèque
avec des livres irréversibles
Lui, il est en France
Il est à moi
Je suis de lui
avec la certitude
que ma patrie
c'est un coeur arraché
comme une rose
très rouge
qu'il avait me donné
dans l'été
Lui, ils est en France
Il est à mon coeur
dans son contexte
plus complèxe
Dans l'existance
de ma patrie brisée
ma patrie, ma pauvre
ma riche
MA
Lui, il est en France
moi je suis dans lui
complètement
Je suis
De, avec, que
de lui
Il est aussi avec moi
Ses yeux
abaissés sur notre
plat principal
Il est à mon coeur
mon dernière cigarette
ma première flamme
mon incendie
dans une bibliothèque
avec des livres irréversibles
Lui, il est en France
Il est à moi
Je suis de lui
avec la certitude
que ma patrie
c'est un coeur arraché
comme une rose
très rouge
qu'il avait me donné
dans l'été
Mes versets
Arrachés
Comme
un drapeau
Je m'assois
Je m'excuse
C'est promesse
avoir la couleur
des saisons
véritablement
perceptible
dans une maison
de la fortune
dans la grâce
de l'espoir
mon sourire
de la rivière
d'hiver
d'herbieur
Je me suis
revenue
à mes versets
inutiles
conformistes
Je m'excuse
le rideau
ouvert
Je me cache
derrière
le fauteuil
Je suis le panneau
et le marquer
au foot
et au vidéo
du banlieue
Arrachés
Comme
un drapeau
Je m'assois
Je m'excuse
C'est promesse
avoir la couleur
des saisons
véritablement
perceptible
dans une maison
de la fortune
dans la grâce
de l'espoir
mon sourire
de la rivière
d'hiver
d'herbieur
Je me suis
revenue
à mes versets
inutiles
conformistes
Je m'excuse
le rideau
ouvert
Je me cache
derrière
le fauteuil
Je suis le panneau
et le marquer
au foot
et au vidéo
du banlieue
Journalism YOU theory
Five steps to nobody
Five steps to a place
Where lived a place
Inside
Inside questions
Millions steps to nobody
I had to finish school
I had to finish movies
Musics
Downtown trains
And cities
And streets
being a big strike
stake on you
Ever
Ever
So, you don't need more excuses
In one step
I'm out
And alive
And proud
I just want you to know
The little hole in my t-shirt
I just want you to know me
Not by inside
By out side
Touch my kiss
Into the night
Five steps to nobody
Five steps to a place
Where lived a place
Inside
Inside questions
Millions steps to nobody
I had to finish school
I had to finish movies
Musics
Downtown trains
And cities
And streets
being a big strike
stake on you
Ever
Ever
So, you don't need more excuses
In one step
I'm out
And alive
And proud
I just want you to know
The little hole in my t-shirt
I just want you to know me
Not by inside
By out side
Touch my kiss
Into the night
Esquadrilho
Nos telhados
escoam Araguaias
Na chuva do dia anterior
da quarta-feira que vem
jazem flores
que brotam do asfalto fértil
arrancadas dos jardins
de praias desconhecidas
há rumores de escavadeiras
e som de teclados
tap-tap-tap
Na paulista
o som do hino aos domingos
dos daft punks renascidos
da cerveja importada
tardia
A preço de banana
eu piso uvas
e presa a um coqueiro vertical
dialogo
com esse ser espiritual
a cidade de São Paulo
seus monges, seus fraques
seus frades
suas bailarinas, suas purpurinas
seus purpúreos pores de sol
o corte seco das motos
com seus malotes
os motores envenenados
de gasolina e álcool
os carros em sua maioria
estão de porre
os donos em sua maioria
estão de alarme
é fantástico
os telhados de São Paulo
escoando a chuva milagrosa
que não é encontrada no nordeste
sem nordeste
sul, centro, oeste, norte
leme, vela
barco aceso nos lagos artificiais
que se comunicam com represas
e os pássaros
que reproduzem o som vernáculo
tubérculo
das feiras
As feiras espaço de convergência
os pinheiros, o vinho
vou de calças dobradas
para pisar uvas
as ceasas
as mulheres distintas
respeitadas
por entrada e saída
do reino dos fantasmas
o umbigo dos cães de correntinha
perfumados
Voltando aos telhados
o trem passa e leva um pouco
do sadismo matinal
de imaginar umbigos
espirituais
e transitar sem véus
no céu
o céu de São Paulo
é um troféu
de um passeio a cavalo
um torneio
uma partida de tênis
uma pelada de futebol
o céu de São Paulo
os prédios firmamentos
as sombras das nuvens
o laboro
São Paulo está sempre
de bom humor
São Paulo não é bipolar
São Paulo não é brinquedo
para um moleque brincar
sábado, 30 de julho de 2016
Homens sem tambor
Todas as pessoas usam botas
Estão vestidas para matar
E para morrer
Por ideal nenhum
O ideal é a pátria sem ideais
O propósito
São os mesmos partidos sem fins
E nós
estamos no meio arrancados
e de botas, sol a pino
Solução
para dissolver as mágoas
Numa batida bem forte
Dos tambores de candomblé
Numa saída sem paradeiro
Para uma derrocada fatídica
Nós,
Os homens sem tambor
E sem ideais
Estão vestidas para matar
E para morrer
Por ideal nenhum
O ideal é a pátria sem ideais
O propósito
São os mesmos partidos sem fins
E nós
estamos no meio arrancados
e de botas, sol a pino
Solução
para dissolver as mágoas
Numa batida bem forte
Dos tambores de candomblé
Numa saída sem paradeiro
Para uma derrocada fatídica
Nós,
Os homens sem tambor
E sem ideais
sexta-feira, 3 de junho de 2016
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