sexta-feira, 3 de junho de 2016
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Les jambes en l'air
Les jambes en l'air
Comme une femme lubrique
Le vent mauvais de Verlaine
T'as transporté
Comme les fleurs
De Baudelaire
Mais je ne veux pas pleurer
Je ne veux pas parler
À peine un vent mauvais
Qui passait
Laisse le passer
Laisse le passer
Comme une femme lubrique
Le vent mauvais de Verlaine
T'as transporté
Comme les fleurs
De Baudelaire
Mais je ne veux pas pleurer
Je ne veux pas parler
À peine un vent mauvais
Qui passait
Laisse le passer
Laisse le passer
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Adoleta
Adoleta
Eu com ele
Você sem ninguém
Adoleta
Ele sem mim
Eu sozinha
Adoleta
Quanto mais respiro
mais me sinto quente
Adoleta
Ele se foi
Adoleta
Dela nada restou
Adoleta
Eu com ele
Você sem ela
Adoleta
Me conta uma mentira
que termine assim
Adoleta
Eu com ele
Você sem ninguém
Adoleta
Ele sem mim
Eu sozinha
Adoleta
Quanto mais respiro
mais me sinto quente
Adoleta
Ele se foi
Adoleta
Dela nada restou
Adoleta
Eu com ele
Você sem ela
Adoleta
Me conta uma mentira
que termine assim
Adoleta
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Mordida
Meus gestos quase me tocam e lembram a sua mão
para chegar ao pão preciso passar por você
me viro assim incansável para enxergar seu rosto
todos os dias no mesmo lugar
me perguntam se deixaria de te amar
respondo que não
se deixaria de seguir pela mesma rua
respondo que nao
se deixaria de sonhar com você
respondo que não
a poesia abre passagem a cada mordida
como o pão
respondo que não
me viro assim incansável para enxergar seu rosto
todos os dias no mesmo lugar
me perguntam se deixaria de te amar
respondo que não
se deixaria de seguir pela mesma rua
respondo que nao
se deixaria de sonhar com você
respondo que não
a poesia abre passagem a cada mordida
como o pão
respondo que não
Balão
As estátuas se puseram a cantar
Estão vivas por dentro da pedra
A infância veio sorrir por dentro
delas
Brindou com abobrinha e escárnio
A cena filmada parecia com cetim
E depois estava viva numa
gargalhada
Andava num burrico
E tinha olhos de cobra
Num jardim sem jardineiro
Molha as plantas e acentua o mel
Ri-se das abelhas
Cuidado é um pote de melado
Olha a pipa!
Espreitam o futuro
Quando gente viva não for de pedra
Da lembrança do bebê na rede de balanço
Ela tinha família
E ele tinha chapéu
Um dia morreu a família
E o chapéu ficou
Obsoleto sobre a cama
Ela tinha família
Ele tinha o samba
Um dia morreu a família
E o samba ficou
Obsoleto no sangue
Ela jura que tinha família
Morreu a jura
Ficou a prece
Obsoleta
E ele tinha chapéu
Um dia morreu a família
E o chapéu ficou
Obsoleto sobre a cama
Ela tinha família
Ele tinha o samba
Um dia morreu a família
E o samba ficou
Obsoleto no sangue
Ela jura que tinha família
Morreu a jura
Ficou a prece
Obsoleta
Menino Vermelho
Eu nunca mais soube
o que é te perder
Porque eu nunca mais tive
Aquele menino
Com o livro aberto
Aquele carinho invisível
De sonho
De pernas entrelaçadas
Quando respirávamos
o mesmo oxigênio
E sem querer nos amávamos
Sem ar
o que é te perder
Porque eu nunca mais tive
Aquele menino
Com o livro aberto
Aquele carinho invisível
De sonho
De pernas entrelaçadas
Quando respirávamos
o mesmo oxigênio
E sem querer nos amávamos
Sem ar
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