terça-feira, 10 de novembro de 2015

Mordida

Meus gestos quase me tocam e lembram a sua mão 
para chegar ao pão preciso passar por você
me viro assim incansável para enxergar seu rosto 
todos os dias no mesmo lugar
me perguntam se deixaria de te amar 
respondo que não
se deixaria de seguir pela mesma rua

respondo que nao
se deixaria de sonhar com você
respondo que não
a poesia abre passagem a cada mordida 

como o pão
respondo que não 

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