Eu sangrei quando perdi meus pais
Sangrei quando perdi meu filho
Sangrei quando saí de casa pela primeira vez
Sangrei quando perdi meu filho
Sangrei quando saí de casa pela primeira vez
em períodos irregulares
Sangrei quando caí de bicicleta
Sangrei quando a beleza da lua estava excessiva
Sangrei ao escrever poemas
Sangrei atrás de respostas
Sangrei quando te vi pela primeira vez,
quando sorriu, quando me penetrou
Sangrei ao ver a guerra pela tv
sangrei por cada morte revoltante nas favelas
sangrei quando soube que era virgem
e também sangrei quando perdi a virgindade
sangrei quando fui deixada mais de uma vez
sangrei quando fui amada mais do que podia suportar
sangrei ao ler Fernando Pessoa
também sangrei ao ler Rimbaud
sangrei em vida mais do que sangraria com qualquer morte
meu sangue não estanca
meu sangue é fluido
seiva de árvore
circula pelas veias e capilares
as ruelas da minha geografia
é a minha poção mágica
meu dna
Sangrei quando caí de bicicleta
Sangrei quando a beleza da lua estava excessiva
Sangrei ao escrever poemas
Sangrei atrás de respostas
Sangrei quando te vi pela primeira vez,
quando sorriu, quando me penetrou
Sangrei ao ver a guerra pela tv
sangrei por cada morte revoltante nas favelas
sangrei quando soube que era virgem
e também sangrei quando perdi a virgindade
sangrei quando fui deixada mais de uma vez
sangrei quando fui amada mais do que podia suportar
sangrei ao ler Fernando Pessoa
também sangrei ao ler Rimbaud
sangrei em vida mais do que sangraria com qualquer morte
meu sangue não estanca
meu sangue é fluido
seiva de árvore
circula pelas veias e capilares
as ruelas da minha geografia
é a minha poção mágica
meu dna
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